A neve caia sobre sua pele, sentia o frio como toques indesejáveis, observava a fumaça sair de sua boca, consequência de uma respiração profunda, o lugar realmente demostrava uma temperatura muito baixa. Em fim a ponte terminou, estava agora em solo montanhoso – a neve ainda cai. – Um lugar lindo com inúmeros pinheiros espalhados pelo horizonte, o céu estava carregado e a neve ainda cai... "– Estranho... Por que não sinto frio?  –" Pesou ela sentindo arrepios em seu braço, uma sensação adorável, porem, curiosa. Ela ainda estava com as mesmas roupas de festa, vestido  preto e curto, mas agora com poucos brilhos. – poderia ter se pedido devido aos acontecimentos recentes.–
 Ela não sabia o que esperar, estava ali onde Liniquer  falou que era para estar. "– E agora? Como volto para casa? –" Lembrou-se dele dizer "Auroras Boreais" e novamente olhou para o céu, um pouco preocupada e muito perdida, desejou que Liniquer estivesse ali para ajuda-la, até mesmo Apollo... Lembrou de Fillipi e do estranho Rei, ainda sem rumo seguia algo parecido com uma estrada contornada por pinheiros.
 O caminho era um pouco estreito e incompreensível, parecia não haver fim nem mesmo desenlace; para ambos os lados amontoados de arbusto e muitas arvores, Emmyle caminhava distraída quando ao longe ouviu vozes e risada, com medo de estranhos correu até um Pinheiro e se agacho com uma tentativa nada sucedida de se esconder. Por fim pode ver duas garotas muito bem agasalhadas caminhando em sua direção, Emmyle sentiu a lamina gelada de uma das Adagas tocar sua cocha, lembrou então do que Fillipi falava " As Adagas tem poder e com treino você pode aprende-los " nesse momento, ela olhou para o mesmo e com um leve toque desejou com muito esforço ficar invisível, e como um gênio realiza desejos, sua pele emitiu uma breve luminosidade azul e ela desapareceu.
 – Não sei acho que ele nunca vai aprender essa magia. – Disse uma das garotas sorrindo. –
 – Não mesmo, você viu como ele é péssimo... Afinal o que Echelon disse para o professor Terrir?
 – Disse que era impossível aprender isso. – Finalizou a menina de cabelos loiros que acompanhava a outra garota. –
 – Que isso?
 – Parece pegadas... – Disse a de cabelos castanhos olhando para o chão, estava tão próxima de Emmyle que pode sentir seu perfume de flores. –
 – Sera que tem mais gente saindo da escola? – Perguntou a de cabelos loiros. –
 – Mas quem se atreveria a não ser nos? "–  Do que elas estão falando? –" pensava Emmyle quando ouviu um rosnado a poucos passos à sua esquerda.
 – Droga um Barghest!
 – Eu disse pra você que eles estavam soltos.
 Quando de repete o estranho animal pulou em cima de Emmyle dando lhe um arranhado em seu braço. Ela realmente foi pega de surpresa não imaginava ser visível para tal criatura. Do seu braço o sangue escorria até a branca neve do chão, as meninas estranhava a ação do Barghest, pois não dava bola para elas e sim para Emmyle que tentava se levantar do chão.
 – O que esta acontecendo? – Perguntou umas das garotas quando a pele de Emmyle brilhou azul tornando há visível novamente. Ela agarra firmemente suas adagas e ataca o animal que corre para fora da estreita estrada, a menina loira ao presenciar o ocorrido ergue sua mão e com um balanço exagerado solta uma luz vermelha que não à atinge por pouco. Alguém a protegeu, um homem de vestes longas e preta. Liniquer.
 – Você estão ficando malucas? Onde já se viu atacar uma pessoa indefesa? Quero falar com seu diretor!
  Um sorriso instantâneo saio de Emmyle ao ver o rapaz. As meninas estavam paralisadas e assustadas com a chegada de Liniquer, de certa forma elas o conhecia, e rapidamente foi ajudar.
 – Desculpe eu-eu não sabia. – Disse a que atacou. –
 – A gente ficou com medo, ela apareceu do nada.
 – Tudo bem... Emmyle vá com elas eu não posso está sempre lhe salvando, o caminho é esse você está em boas mãos. – Foi sua ultima palavra, e dessa vez ele sumiu deixando apenas o rastro de uma fumaça.